segunda-feira, 27 de julho de 2009

Avaliação final do processo de construção e elaboração do portfólio.

Foi uma experiência nova, a princípio fiquei com muito receio mais aos poucos fui dominando esta ferramenta, que parecia um monstro, mais na realidade não é... muito pelo contrário é uma ferramenta muito interessante, lúdica, cheia de coisas bacanas prontas para serem trabalhadas. Acredito que foi um semestre muito conturbado para todos, que foram pegos de surpresa com tal maneira de serem avaliados. Me dediquei ao máximo que pude , confesso que no começo foi mais fácil, pois tinha a mobilidade de ter um computador em casa, entretanto meu computador teve um problema e parou de funcionar, desde então tudo ficou mais difícil, mas não impossível. Acho que fui uma boa blogueira apesar dos acontecimentos que ocorreram.

Síntese Conclusiva

Essa disciplina, de imediato, pelo seu nome se tornou a minah preferida, em virtude da minha identificação com a língua portuguesa, que me fascina desde “priscas eras”. Lemos vários textos muito interessantes, eu percebi que o professor acima de todas as coisas deve ter sensibilidade e utilizar toda a sua criatividade para criar um solo fértil, fazendo com que os pequenas e as pequenas “germinem” e dando assim no futuro bons frutos.
O professor que trabalha sobre a concepção construtivista (que aquela em que a criança vai aprender em qualquer circunstância) deve levar seu aluno a pensar, este deve dar todo subsídio para que seu cognitivo seja ativado. Piaget fala que o cognitivismo tem haver com as interações, o conhecimento se constrói em uma relação/interação do sujeito com o objeto de estudo.A escola deve ser vista como uma continuidade na vida do aluno, e não como algo a parte, por isso é muito significativoque se trabalha com contexto, pois assim o aluno consegue relacionar o que aprende com sua própria realidade. Se o aluno é oriundo de uma classe mais inferior caberá ao docente utilizar sua sensibilidade afim de usar suportes – todos os elementos materiais – que façam parte do universo do seu aluno. Entretanto o professor pode ser preconceituoso deixando de dar conteúdos prográmaticos a seus alunos por acharem que aquilo será desnecessário na vida de seu discente, isso não pode ocorrer, pois o conhecimento deve ser transmitido completo independente da classe do aluno, caso contrário isso é uma espécie de exclusão.
Outro assunto abordado foi o valor atribuído a um precioso instrumento de consulta para a hora da escrita: o alfabeto. Este é fundamental dentro de sala de aula, pois dá autonomia aos pequenos quando surgem dúvidas sobre gráfia.Um exemlpo legal foi o alfabeto multilexical que é aquele que põe a letra e toda uma gama de palavras que comecem com aquela letra, já que a palavra nunca deve ficar isolada, pois isso confunde o aluno, se você coloca na sala de aula um alfabeto onde apenas uma palavra representa tal letra para o aluno apenas esta palavra começará com essa tal letra, com o alfabeto multilexical o discente tem uma visão mais ampla. Além do alfabeto, como requisito básico dentro de sala de aula, três situações também têm um grande valor no processo de alfabetização, são elas a leitura pelo professor, a leitura pelo aluno e a produção oral com destino escrito, onde o docente é modelo de escriba. O professor neste dado momento é o exemplo para os pequenos, seus alunos vão se espelhar nele, devido a esse e outros fatores o professor deve atuar da melhor maneira possível, levando seus discentes a usarem desde novinhos seu cognitivismo.
A atividade conversacional foi outro aspecto elucidado em um dos textos, esta é caracterizada por um momento onde duas pessoas ( no mínimo) ou mais desenvolvem um diálogo, estas embasadas em algum assunto vão intercalar falas, vão efetuar expressões que somente no ato da convesação face a face os participantes poderão perceber coisas que serão expressas sem uma palavra sequer. Percebemos como se estrutura a atividade conversacional que possui as seguintes variavéis: tópico ou assunto, tipo de situação, papéis dos participantes, modo e meio do discurso.
Conhecemos os nivéis pelos quais as crianças passam durante o processo de alfabetização que são:
Pré-silábico – a criança ainda não tem noção de sílaba, ela utiliza o número de letras de acordo com o tamanho do objeto a que se refere.
Silábico – a criança consequirá escrever algumas letras, normalmente ela utiliza no ínicio apenas vogais, assim para escrever Jéssica, elas escrevem e i a.
Silábico-alfabético – a criança já tem noção da sílaba, já começou a escrever seu nome e palavras simples, pois neste período ela já sabe algumas letras.
Alfabético – a criança já consegue ler e entender frases e pequenos textos.

Além de todos esses aprendizados que elucidei nessa síntese, também aprendemos a fazer um portfólio eletrônico utilizando assim a ferramenta denominada blogger, pelo qual estamos sendo avaliados, também experimentamos a sensação de avaliar os colegas da faculdade com um trabalho elaborado em dupla, a atividade reflexiva.

domingo, 26 de julho de 2009

Exercício Reflexivo

Texto criado a partir do exercício reflexivo. Embasado nas questões referente ao texto Oralidade e escrita: perspectivas para o ensino de língua materna. Dos autores: Leonor Lopes Fávero, Maria Lúcia C. V. O. Andrade e Zilda G. O. Aquino.

A atividade conversacional é caracterizada por um dado momento onde dois ou mais participantes desenvolvem um diálogo, estes têm como tema algum assunto, pode ser até algo do cotidiano mesmo, nesta atividade ocorre rodízio de falas, pausa, trocas, enfim é um momento onde a oralidade é muito importante.
Em 1979 Ventola um estudioso de oralidade, idealizou algumas variavéis que compõem a organização conversacional e são elas: tópico ou assunto, tipo de situação, papéis dos participantes, modo e meio do discurso.
Ao tópico ou assunto constitui a forma de realizar e administrar a conexão com os demais. A suituação se constitui do encontro propriamnete dito, embora o assunto tratado na conversação seja algo comum, a performance corpórea e facuial podem denunciar o que a oralidade esconde. Os papéis dos participantes vão variar de acordo com a situção, ou seja mendiante aos acontecimentos os participantes irão se portar diferentemente. O modo do discurso é determinado durante a oralidade, podendo ser formal ou informa. A localidade e as pessoas envolvidas vão denunciar tal modo. O meio do discurso éa forma pela qual se mantém a conversação, se esta está sendo realizada através de internet, de telefone, face a face e outros.
Segundo o texto para entender e analisar de forma mais ampla é indicado Dittman que considera algumas característica que são interação entre pelo menos dois falantes, ocorrência de pelo menos uma troca de falantes, presença de uma troca de falantes, presença de uma sequência de ações coordenadas, execução num determinado tempo e envolvimento numa interação centrada. A conversação é criada em conjunto e se produz não só pela forma de interação, mas também pela forma organizada.
A estrutura da fala se baseia em apenas dois níveis o global e o local. No nível local o diálogo se dá através de turnos ou seja a produção de que está com a palavra, onde os participantes se alterame desenvolvem as falas um após o outro, onde pode ocorrer pausas, “atropelamento” de falas e etc.
Exemplo:
Tiago: Você quer ser jogador de futebol?
Felype: Igual ao fenômeno!
Já no nível global ao mesmo tempo em que ocorre o local, o diálogo abdece a regra de organização global, enfatizando a parte que se dedica a condução do tópico discursivo.
Exemplo:
Rafael: Ontem eu fui ao parque com meus pais. Andamos juntos em alguns brinquedos, joguei bola com meu pai, foi muito bom!
Francisco: O teu primo ta com aquele jogo novo do Playstation 3?
Rafael: Ta sim! Não conseguimos passar da primeira fase ainda. Mais voltando ao meu passeio de ontem, ainda tirei varias fotos, depois agente vê lá na câmera da minha mãe! Ficaram maneiras!
Afim de que se contrua a textualidade, que seja na fala, quer seja na escrita, a coesão e a coerência são essenciais. Para as autoras no texto conversação os recursos coesivos mais frequêntes são a coesão referencial, recorrencial ou sequêncial.
A coesão referencial é aquele onde o intelocutor faz a repetição do mesmo item lexical.
Exemplo: F1: Ontem quando saímos de carro à noite, o carro parou e o carro parou bem na hora errada, em uma rua deserta, uma rua super estranha, agente já tava atrasado e o carro parou, à hora foi passando e agente lá sem ter muito que fazer com o carro parado, e o Natalino tentando consertar! Foi horrível agente lá naquela hora!
A coesão recorrencial é aquela onde o interlocutor querendo evitar a repetição utiliza a paráfrase como elemento coesivo.
Exemplo:
Adam: É na briga ele saiu ferido, em?
Karla: É ele saiu machucado, né?
A coesão sequêncial é observada a partir dos conectores que exercem as mais variadas funções, assim elas podem deixar ocorrer continuidade oumarcar a continuidade do turno ou assaltá-lo.
Exemplo:
Bruna: Você ta dando aula em quantas escolas?
Erika: Em duas... E você?
Bruna: To em uma só, e estou quase maluca!Como você consegue atuar em duas?
Erika: É... Nem eu sei!
Bruna: La é tranqüilo?
Erika: Hum! Que nada! Mais com o tempo a genti pega o ritmo de trabalho!
A conversação é uma sucessão de turnos, já que turno é qualquer interação dos partipantes durante a interação,seja ele de qualquer cunho, informativo, um sinal de concordância ou um sinal de entendimento, como: ah, sei, to sabendo, ahn ahn e etc. Enfim é a produção de um dos participantes do diálogo quando este está com a palavra e até o com o silêncio.
Os estudiosos Sacks, Schegoff e Jefferson montaram um modelo elementar para a conversação, segundo eles todas devem apresentar tais propriedades:
A troca de falantes recorre ou pelo menos ocorre;
Em qualquer turno, fala um de cada vez;
Ocorrências com mais de um falante por vez são comuns, mas breves;
Transições de um turno a outro sem intervalo e sem sobreposição são comuns; Longas pausas e sobreposições extensas são minorias;
A ordem de turnos não é fixa, mas variável;
O tamanho do turno não é fixo, mas variável;
A extensão da conversação não é fixa nem previamente especificada;
O que cada falante dirá não é fixo nem previamente especificado;
A distribuição dos turnos não é fixa;
O número de participantes é variável;
A fala pode ser contínua ou descontínua;
São usadas técnicas de atribuição de turnos;
São empregadas diversas unidades para construir o turno: lexema (palavra), sintagma, sentença e etc.;
Certos mecanismos de reparação resolvem falhas ou violações nas tomadas de turno, como por exemplo:
“mais como você estava falando antes de eu te interromper...”
Exemplo:
Larissa: Essa pizza está boa, né?
Mariana: Uhum!
Daniele: Tá divina!
Larissa: Vou ter que repetir!
Mariana: Sei... E a sua dieta?
Larissa: Ah... Esquece isso amiga!
Daniele: Aff! Na segunda ela começa! (risos)
O tópico discursivo é basicamente o assunto (ponto principal) tratado durante a conversação, é o elemento estruturador. Os participantes do diálogo nunca saem completamente do assunto, eles sempre retomam o ponto principal. Segundo o texto o tópico discursivo se estabelece num dado contexto em que dois ou mais interlocutores, engajados numa atividade, negociam o assunto de sua conversação.
Os tópicos discursivos apresentam as seguintes propriedades segundo o texto:
a. Centração: O tópico é basicamente uma questão de conteúdo, é o falar acerca de algo, o que implica a utilização de referentes explícitos ou inferidos que convergem para o desenvolvimento textual.
b. Organicidade: O tópico se estabelece a partir de uma relação de interdependência em dois planos: sequencial – distribuição linear ou horizontal – e hierárquica – distribuição vertical.
c. Delimitação local: O tópico é marcado, potencialmente, por inicio, desenvolvimento e fecho, embora isto nem sempre se evidencie. Vale acrescentar que as marcas dessa delimitação podem ser marcadores conversacionais, repetições e etc.
Exemplo:
Elis: Essa gripe suína ta dando o que falar!
Catia: É mesmo! Um perigo!
Elis: Estou tão mal informada! Ela se originou onde mesmo?
Catia: Acho que foi no México!
Elis: Ah sim!
Catia: Ouvi no rádio que lá nesse país as cenas de beijos nas novelas estão proibidas!
Elis: É! Pra preservar a saúde tudo é aceitável!
O texto elucida que além de qualificar elementos verbais, os marcadores conversacionais também designam elementos prosódicos ou supra-segmentais (que são de natureza lingüística, mas não apresenta caráter verbal, dentre esses recursos, interessam-nos as pausas, os alongamentos e o tom de voz.) e os marcadores não lingüísticos ou paralinguísticos ( como um sorriso, um olhar, a gesticulação) que são importantíssimos no contato face a face.
Os marcadores verbais segundo Marcuschi apresentam uma subdivisão em quatro grupos:
1. Marcador simples: realiza-se com uma só palavra: interjeição, advérbio, verbo, adjetivo e etc.
2. Marcador composto: apresenta um caráter sintagmático com tendência à cristalização.
3. Marcador oracional: corresponde a pequenas orações que se apresentam nos diversos tempos formas verbais ou modos oracionais ( assertivo, indagativo,exclamativo).
4. Marcador prosódico: associa-se a algum marcador verbal, mas realiza-se por meio de recursos prosódicos. Fazem parte deste grupo a entonação, a pausa, a hesitação, o tom de voz e afins.

Exemplo:
Lucimara: Você vai comigo ao shopping?
Lilian: Eu acho que não vai dar.
Lucimara: Por quê?
Lilian: Então vou estudar com a Verônica e a Tereza! Entende?
Lucimara: Agora?
Lilian: Sim! Deixa para uma próxima amiga!
O par adjacente ocorre para organizar localmente a conversação, controlando o encadeamento de ações, podendo constituir-se em elemento introdutor do tópico discursivo. Pode ser pergunta-resposta, convite-aceitação ou recusa, pedido-concordância ou recusa e saudação-saudação.
Exemplo:
Magno: Boa noite menina!
Marcela: Boa noite! Tudo bem?
Magno: Tudo certinho!
Magno: Já entregou o livro?
Marcela: Não! Já tinha me esquecido. Vamos lá comigo?
Magno: Agora não posso vou lanchar.
Marcela: Poxa vamos lá rapidinho?
Magno: Está bem! “Bora”!

As perguntas e respostas não são aleatórias, funcionam sempre com base em estratégias usadas pelos participantes na fala e podem ser utilizadas para:
1. Introdução de tópico – Ao iniciarem a conversação, é comum que os falantes o façam utilizando-se de uma pergunta. Além disso, ocorrem perguntas quando se introduzem novos supertópicos.

Exemplo:
Ivan: Vocês fizeram as postagens que eu sugeri?
T2: Fizemos sim!

2. Continuidade de tópico – O desenvolvimento do tópico se dá de acordo com a natureza da pergunta formulada e que essa pergunta pode ocorrer, por exemplo, para pedir informação, confirmação, esclarecimento.

Exemplo:
Dayse: Que horas começa a aula de TAELP mesmo?
Roberta: Começa às 18 horas.
Dayse: Você fez as postagens no blogger?
Roberta: Fiz sim! Postei semana passada mesmo!
Dayse: Depois você me explica aquela ultima? Menina, já tentei fazer de várias formas e nada!

3. Redirecionamento do tópico – O interlocutor percebendo um desvio do tópico principal, o retoma através de uma pergunta.

Exemplo:
Jorvan: O que eu estava falando mesmo? Ah sobre seu blogger! Está muito bacana!
Aline: Muito obrigada! O seu também ficou muito legal!
Jorvan: Meu problema é a falta de tempo mesmo!
4. Mudança de tópico – Por esgotamento de assunto ou por querer trocar mesmo o assunto, é feita uma pergunta como fuga de assunto e inicio de outro. Essa mudança pode ser no nível subtópico (local) ou no supertópico (global).

Exemplo:
Laureni: E ai conseguiu fazer o blogger?
Rosangela: Fiz sim! E você?
Laureni: Também fiz, mais estou com algumas pendências.
Rosangela: Ah sim! E aquela festa na casa do Anderson?
Laureni: Poxa você perdeu, foi maravilhosa! A tempos não me divertia assim!
Rosangela: Quem foi?
Laureni: Ah muita gente bacana!